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sexta-feira, 13 de julho de 2007

Tucanos abafam investigações em SP

13/7/2007 - Histéricos em Brasília, tucanos abafam investigações em SP
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=21384

Agora o fato foi consumado: o PSDB paulista patrocinou o enterro das investigações sobre as denúncias de irregularidades na Nossa Caixa Nosso Banco e, de quebra, empurrou com a barriga as suspeitas de superfaturamento de obras que pesam contra a CDHU e apontam para o envolvimento do deputado estadual Mauro Bragato

O velório da CPI da Nossa Caixa foi a última sessão antes do recesso parlamentar, imediato após a votação da LDO. O presidente da Alesp, deputado Vaz de Lima, deu fim a todos os pedidos de CPI referentes à legislatura anterior, como quem pede para esquecer o que ''ficou para trás''.

Escandalizados moralistas em Brasília, os tucanos usam pesos e medidas diferentes em São Paulo. ''O PSDB de SP adota o famoso ditado ''faça o que eu digo, não faça o que eu faço''. Em Brasília eles posam de campeões da ética e da moralidade, mas aqui, há quase 13 anos eles sistematicamente impedem a apuração de qualquer tipo de irregularidade. São dezenas de pedidos de CPIS que, por manobras regimentais não foram instaladas, mesmo com evidências graves de irregularidades e ilegalidades'', analisa Nivaldo Santana, vice-presidente do PCdoB/SP e ex-deputado estadual.


CPI da CDHU empurrada com a barriga

No caso da CDHU, a manobra foi mais sutil: o deputado se comprometeu a instalar as CPIs em ordem cronológica. Como a base aliada de José Serra entupiu a fila com CPIs água com açúcar, a investigação fica, na melhor das hipóteses, para o segundo semestre de 2008. Podem funcionar, no máximo, cinco Comissões Parlamentares ao mesmo tempo e por um período de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo. A investigação da CDHU é a 15ª da fila.

''A última medida, no apagar das luzes antes do recesso, se caracteriza como manobra política de instalar cinco CPIs que o foco não é o governo do estado, impedindo que a Alesp exerça seu papel de fiscalizar o executivo'', alega Nivaldo Santana.


Promotoria vai investigar tucano

O promotor Antônio Celso Faria pediu ao deputado Mauro Bragato, ex-secretário de habitação, a entrega dos dados bancários e fiscais. O Ministério Público paulista investiga se Bragato cometeu improbidade administrativa quando à frente da secretaria de habitação estadual. O tucano havia se comprometido, em discurso na na Assembléia Legislativa, a abrir seus sigilos bancário e fiscal caso solicitado.

A denúncia é que o tucano recebeu propina da FT Construções, que seria a principal envolvida no esquema fraudes a obras da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Bragato nega o envolvimento.

O Partido dos Trabalhadores promete recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra o critério apresentado por vaz de Lima, que na prática exclui manda às calendas a CPI da CDHU.

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