PT - Instantâneo

terça-feira, 17 de julho de 2007

Tucano é acusado de corrupção e soterra CPI

16/7/2007 - Bancada do PSDB em SP acha que é normal o seu líder aparecer 30 vezes em lista de propina
http://www.horadopovo.com.br

Na Assembléia, manobra dos tucanos empurrou para o segundo semestre de 2008 a CPI da CDHU - que vai apurar o que o líder do PSDB, Mauro Bragato, fazia na caderneta de propinas de empreiteira que coleciona ilegalidades nas obras com o governo paulista.

O promotor do Ministério Público do Estado, Antônio Celso Faria, solicitou ao líder que entregue os dados referentes aos seus sigilos bancários e fiscais. Bragato é acusado de receber propinas das empresas envolvidas com o superfaturamento na construção de casas populares da CDHU na região de Presidente Prudente.

O promotor oficiou o deputado para informá-lo que ele está sendo investigado e disse que solicitou os dados porque o próprio Bragato alardeou que abriria os seus sigilos. “Ele está oficiado para tomar conhecimento da investigação e para, querendo, nos forneça esses dados bancários e fiscais, uma vez que publicamente ele declarou dessa forma”, afirmou o promotor.

O esquema de superfaturamento na construção de casas na região de Presidente Prudente foi descoberto a partir da Operação Pomar, deflagrada pelo MP e pela Polícia Civil. O mentor da quadrilha, Francisco Emílio de Oliveira, o Chiquinho da CDHU, dono da FT Construções, está preso em Caiuá, interior de São Paulo. O MP denunciou que consta no livro-caixa da empresa 30 anotações com as iniciais “MBR” ao lado de valores entre R$ 1.500 a R$ 4.000 (totalizando R$ 115 mil) e a sigla “QLN”, que segundo funcionários significava “quanto levo nisso”. Além disso, dois ex-funcionários da empresa afirmaram em depoimento que a empresa fazia pagamentos mensais a Mauro Bragato, que foi secretário de Habitação, por conta dos ilícitos praticados na CDHU.

O deputado Simão Pedro, líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, disse que irá recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) da decisão de Vaz de Lima (PSDB). “A questão da ordem cronológica foi o presidente [Vaz de Lima] quem adotou. Não tem embasamento. Foi a decisão que ele tomou para que a oposição não possa investigar”, afirmou Simão Pedro

Nenhum comentário: