PT - Instantâneo

sábado, 7 de novembro de 2009

Um apoio aos companheiros dos Correios! - Do companheiro Antônio C. F. Pinto

Senado Federal, não cuspa na cara dos trabalhadores. Aprovem o PLC 083/2007

Como havia dito antes, esse blog foi criado para que as pessoas pudessem expressar as suas convições políticas. Mas estou aproveitando também, para tornar público o descaso que as autoridades parlamentares no Senado Federal, estão fazendo com muitos trabalhadores que os colocaram no poder para nos representar. Refiro-me ao Projeto de lei 083/2007 de autoria da Deputada Federal Maria do Rosário (PT-RS). Se aprovado, esse projeto trará a DIGNIDADE aos ex-funcionários dos Correios que foram demitidos COVARDEMENTE por terem participado de movimento grevista (greve). Ressalto, que as greves foram consideradas "mais do que justa" pelo Tribunal Superior do Trabalho(TST).

Fica aqui, o apelo ao Excelentíssimo Sr. Senador Romero Jucá (PMDB-RR) e líder do Governo Lula, para que coloque de uma vez por todas, a votação do projeto. Pelo menos, Sr, Senador, nos informe o porquê do impasse com os trabalhadores. Já passamos pela DITADURA e não é justo ficarmos sem a comunicação de uma entidade que deveria ser respeitada que é o Senado Federal. Ainda, acreditamos que nesta "casa" existam Senadores sérios e que aí estão, estão em prol dos trabalhadores do Brasil. Gostaria de saber, quais os Senadores poderiam explicar a situação dos Correios que já provaram que estão passando por um déficit de empregados, e por isso, abrem-se concurso público deixando esses profissionais de fora. É bom lembra, que muitos desses chefes de família se entregaram as drogas lícita, como bebidas alcólicas, drogas ilícitas e até caso de suicídio ocorreu. Por fim, temos aí uma trajetória impressionante de uma destruição familiar. Depois, os Excelentíssimo Sr. Senadores querem pregar a moral e bons costumes fazendo alusão à educação e segurança no país. Destaco aqui, e não estou "rasgando seda", a presença do Senador Paulo Paim. Esse pelo menos, mostra porque se candidatou e porque foi eleito. Ele sempre esteve a favor do trabalhador brasileiro. Não que eu queira criticar os demais, mas estamos passando por situaçãoes difícies e não é justo o Senado Federal esbofetear as nossas caras. Caras essas, que foram para as ruas um dia pleitear por justiça e moral.

Que a Organização Internacional do trabalho (OIT) possa se manisfestar em nosso apoio bem como também, peço aos internautas que nos ajudem a eviar mensagem para: romero.juca@senador.gov.br e mercadante@senador.gov.br . Esses são os "capas" respeitados e grandes articuladores políticos para uma votação e aprovação de projetos que venham a dar avanço no país. esse país chamado Brasil.

Obrigado a todos e contamos com a ajuda de todos.

Retirado de: http://antoniocarlosfreitaspinto.blogspot.com/2009/10/senado-federal-nao-cuspa-na-cara-dos.html

Já mandei meu e-mail, e peço que os companheiros deste blog também façam o mesmo!

Voltou ao ar! - O Blog mais pertubador da Internet volta com tudo!

Voltou ao ar! Ao nosso precioso público, desculpe o período que este blog ficou fora do ar. Mas foi necessário repensar as estratégias de enfrentamento, e um tempo para reorganização de meu agrupamento. Agora direitistas, e oposição, ao projeto socialista petista, preparem-se! Pois o Blog mais vermelho, dentre os vermelhos está de volta!


O Blog "Contra a Alienação Política" voltou! Neste período Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, José Serra perseguiu professores, e estudantes, Lula trouxe as Olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro, o P-SOL mudou sua posição em 180° apoiando Marina Silva, agora no PV, e Zelaya foi derrubado por um golpe de estado.

Neste período, também me tornei professor da rede estadual de ensino, cresci dentro do PT, concorrendo a chapa municipal de São José dos Campos - SP. Fiz projetos inimagináveis, e tentei reorganizar meu agrupamento estudantil, com relativo sucesso, e procurei me instruir mais (muito mais), para desespero de meus adversários.

O Blog ainda este ano ganhará cara nova, e se preparará ao combate de 2010, então será este mais um estandarte revolucionário contra a volta da direita macabra ao poder, bem como o mais potente veículo de mídia contra o eixo demo-tucano.

Como passo para esta renovação, conclamo aos companheiros do espectro de esquerda a se unirem neste desafio de expurgar a direita, participando deste blog com textos. Para isto deixe um comentário, com ID do Blogger, e os adicionarei para fazer parte desta luta.

Avante a 2010, pois nossos inimigos já estão a postos!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

No Volveran! - 2010 É Dilma e ninguém tasca!

Ainda não saiu o PED do PT em 2009, para decidir o candidato petista a 2010, porém por aclamação popular, a guerreira Dilma voa a velocidade do PAC e da popularidade de Lula, para buscar a diferença em relação aos virtuais candidato do tucanato, que não contam com apoios de peso, porém se utilizam de forma indiscriminada da máquina dos poderosos estados de SP e MG. Hoje acusam de Lula promover Dilma, porém esquecem que Itamar colocou FHC em evidência muito maior em 1994, ou ainda que Serra e Aécio tentam colar a imagem suas a de Lula, a todo o custo, e gastando cifras astronômicas em publicidade para impedir o avanço das candidaturas que possam ser apoiadas pelo PT e pelo Presidente Lula. Aos direitistas de plantão, que não se iludam, pois como os populares revolucionários venezuelanos uma vez disseram "no volveran!", direita demo-tucana fora expurgada em 2002, e não voltará, seja com Serra, ou Aécio.

Os direitistas já estão alardeando aos quatro ventos, a possível candidatura de Dilma Rousseff, que a um ano atrás não passava de 1% das intensões de voto, e hoje chegam a casa dos 20% dependendo do cenário. Demo-tucanos como FHC, Tasso, ACM Neto, Maia, e outros, já querem impretar ações contra o presidente Lula, com a justificativa de campanha antecipada, e favorecimento a candidatura de Dilma para 2010. Esquecem que eles mesmos já fizeram pior, Dilma como Ministra respondável pelo PAC, apenas detalha as obras, e o volume de investimentos, quando necessário ela mesma palestra sobre o acesso aos investumentos e seu impacto, assim como FHC fizera quando era apenas um mero Ministro da Fazenda e que implementou o Plano Real, e que circulou o país para detalhar como seria o plano às vésperas das eleições de 1994.

Esquecem também que J. Serra quando era Ministro da Saúde, colava em FHC, e apresentava seus detalhados planos sobre o SUS, as campanhas contra a dengue, e sobre as vacinas, no período pré-campanha de 2002. Por qual motivo Dilma não pode andar ao lado de Lula? Será que pelo motivo de Lula ter aprovação de 84%, contra meros 18% do pré-campanha de FHC? Ou quem sabe que pelo motivo do candidato de Lula de início ter um terço do eleitorado favorável a manutenção de um petista no governo?

A verdade de fato é cruel, pois demonstra que por mais que Serra e Aécio liderem os quadros eleitorais para 2010, temem o "Fenômeno Lula", que avassalou as urnas em 2006, com uma "virada homérica", ou como o que ocorrera na cidade de São Paulo, só que sem o fator mídia, como Kassab se aproveitou. Dilma é tudo o que a direita despreza, ex-guerrilheira, mulher, petista, de esquerda, e de fortissíma opinião, que assim diga o Senador Agripino a respeito.

A mídia direitista, marrom, enviesada, e fétida, que temos em nosso país tem fortes cólicas com a possibilidade de Lula, do PT, e do PAC fazerem diferença pró-Dilma. Eles sabem que o PT está prestes a fazer uma revolução sem prescedentes, depois do operário, nordestino, e de esquerda no poder, uma ex-guerrilheira, militante de esquerda, subindo ao poder seria desafiar todos os dogmas que as elites militares tentaram evitar no período de transição, e que hoje tem opinião compartilhada pelas alas conservadoras de nossa enviesada direita.

Como costumo dizer aos direitista que encontro por aí, que estão enfurecidos por não conseguir abater Lula, nem com a pior crise que varrera o globo em mais de 80 anos, hoje o Brasil diz claramente que é "hermano" do povo de venezuela, pois dizem de forma clara "no volveran!" às nossas elites, que anseiam colocar o PSDB-DEM-PPS-PTB no poder. Que venha Dilma em 2010, para varrer a direita do cenário político atual, e continuar a escrever um novo futuro para nosso país, e revelar de forma mais latente o que está obscuro em nosso passado.

Por mais que um tucano voe, jamais alcançará o brilho da Estrela!!!!

Bruno L. Emidio

Conlutas se reuniu com Governo! - PSTU agora é adesista?

Esta agora é nova... PSTU se reuniu com governo em busca de reversão de demissões. O que é isso companheiro? PSTU adesista, só pode ser piada! Olhe o que faz o medo da proximidade das eleições sindicais. O PSTU pelegando nos últimos seis meses foi minimamente compreensível, pois já sabíamos de sua debilidade ideológica, mas esta de se reunir com o Governo Lula, para solucionar um problema iminente de demissões em seus sindicatos. A debilidade da CONLUTAS e do PSTU no apoio a luta dos trabalhadores está clara, porém é surpreendente o quanto o programa "socialista e revolucionário" que os mesmo pregaram aos quatro ventos, e agora estão de joelhos ante a Lula, reconhecendo seu papel no momento de crise. Pois é no momento da intempérie que encontramos o abrigo! Lula é hoje a salvação do PSTU... o que diria a IV Internacional sobre isso?


Se for "no momento da intempérie que encontramos o abrigo", o PSTU acaba de reconhecer que não há salvação para crise capitalista se não aderir à estratégia deflagrada por Lula, pelo PT, e pela CUT, e a própria crise do partido que se encontra rendido nas cúpulas de seus sindicatos fragilizados, e pelêgos. Reunir com o Governo Lula para discutir estratégias, e pedir de joelhos soluções para os problemas internos de seus sindicatos, é admitir que seu programa ideológico encontre em frangalhos, e que não é capaz de mobilizar a sua volta nem mesmos seus iguais, e que somente o governo pode salvá-los da iminente crise.

Para quem viu o PSTU conclamar com o mesmo fervor das elites do Cansei o "fora Lula!", as campanhas vis, e demasiadamente pelêgas para derrubada do governo petista, é impressionante a rendição do PSTU, o último reduto do "sectarismo de extrema-esquerda", pois até setores do P-SOL já preparam sua "saída à direita" com alianças ao PV, ao PPS, e mesmo ao DEM, assim como outrora já vimos acontecer com o PCB. É de se estranhar tal atitude de um partido como o PSTU, que lutou contra o "burguês Lula", e pregou a revolução como bandeira. Ou o PSTU caiu em si, ou tem militante com colhão de menos para lutar em favor do partido.

Lutar contra Lula não dá mais ibope, e ao menos atenção. Lula mostrou-se mais revolucionário e mais coerente com seu passado de luta que o PSTU. O que diria a IV internacional a respeito? Desfiliaria o PSTU? Admitiria sua ineficácia como fizera sua secção brasileira? Ou continuaria como bom trotskista a negar o inegável, e pedir que sua secção deixasse de bajular Lula?

O programa do PSTU encontrou um fim. O PT já tinha expurgado a semente que originou o PSTU (Convergência Socialista) pensando exatamente o mesmo. Não foi por falta de aviso, este socialismo extremado, não tem mais espaço, e infelizmente encontrou o inevitável fim. O socialismo do PSTU buscou extremar cada vez mais seus discursos e não encontrou alternativas para reversão da crise capitalista, previu o fim, porém sem encontrar a saída. A saída é um programa popular, como o PT e a CUT desenvolveram, com experiências novas, que advém dos anos de 1980, e se estendem até os dias atuais, com a governança de cidades, estados, e do país.

A extrema-esquerda está finalmente rendida, o PSTU clamou por medidas de Lula, para evitar seu colapso. Porém o nosso presidente já havia antevisto a situação e mobilizado sua equipe para reverter o quadro, salvando este partideco do seu colapso final. As eleições de seus sindicatos vêm aí, e a possibilidade de derrota agora é iminente, pois a CONLUTAS e seus companheiros estão rendidos e sem condições de lutar em favor dos trabalhadores. Não há mais como optar a esquerda de Lula, e nem fazer o jogo da direita sem que se torne perceptível.

Lula agora é o abrigo dos pelêgos do PSTU, pois não há como negar... Lula é de esquerda, socialista, e revolucionário! Quem não está com ele à direita está!

sábado, 3 de janeiro de 2009

MR-8 deixou PMDB - Um novo partido vem aí... o Partido Pátria Livre.

O MR-8 em carta de sua militância, publicada em 10/12 no website do Jornal "Hora do Povo", faz referência a saída da militância das fileiras do PMDB, após mais de 30 anos em que o movimento decidiu pela luta partidária e à esquerda no PMDB. Nesta reunião onde fora composta a carta também colocam a necessidade de compor um novo partido de esquerda, ao lado da frente de esquerda que compõem a base de Lula, o Partido Pátria Livre (PPL). Uma saudação fraterna aos companheiros do MR-8 nesta nova empreitada!

A Carta em que o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), em reunião feita no dia 5 de dezembro expressa a necessidade da saída do PMDB e a constituição de um novo partido. Aos companheiros do MR-8 um grande saudação, por ter a sensibilidade de romper com o partido, sem romper com as suas idéias, como fizera a APS, a CS, e o CO, quando deixaram as fileiras do PT, e descambaram para oposição, e começaram a fazer o jogo da direita brasileira.

Claro que preferia o MR-8 ingressando nas fileiras do PT, porém como não foi o caso, deixo expresso minhas felicitações na composição de uma nova agremiação de esquerda em nosso país, o Partido Pátria Livre.

A carta se encontra logo abaixo, com informações do website Jornal Hora do Povo:

“Completar a independência nacional será o principal objetivo do Pátria Livre”

A “Carta ao Povo Brasileiro” que publicamos nesta página foi aprovada no último dia 7 pelo Comitê Central do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), reunido em São Paulo desde o dia 5 de dezembro.

Dirigentes e militantes vindos de todas as regiões do país debateram, durante a reunião, o informe proferido pelo secretário geral do MR8, Sérgio Rubens de Araújo Torres, que avaliou as mudanças ocorridas na economia brasileira nos anos recentes, a composição da frente nacional necessária à realização das transformações que nosso país e nosso povo necessitam - e as perspectivas após a eclosão da crise nos EUA e demais países centrais.

“Os mais de 40 anos de experiência do Movimento Revolucionário 8 de Outubro nas lutas políticas e sociais do nosso povo nos dão a convicção de que para fazer frente a esse momento é imprescindível o registro de um novo partido político no Brasil”, diz a Carta que sintetiza as conclusões da reunião. “Da letra do Hino da Independência vem o nome deste novo partido que convocamos a brava gente brasileira a construir conosco: Partido Pátria Livre. Porque é exatamente disso que se trata: concentrar todas as energias para completar a grande obra da independência nacional. (….) A maior parte dessa construção, que começou com Tiradentes, passou por Getúlio e chegou a Lula, já foi realizada. Mas a que falta deixa o país e o povo vulneráveis à espoliação externa que tolhe o nosso desenvolvimento econômico, político, social e cultural. Concluí-la aceleradamente será o principal objetivo do Pátria Livre”.

A primeira reunião da Comissão Organizadora do novo partido, que está sendo formada, será em janeiro.

Carta ao Povo Brasileiro

O Brasil vive um momento decisivo da sua história.

A crise econômica produzida pela especulação irrefreada dos monopólios para obter mega-lucros à margem da produção explodiu no coração de Wall Street e se alastra pela Europa e o Japão.

As superstições neoliberais, que livraram de qualquer controle social a ganância devastadora das feras, elevaram a níveis inauditos a desproporção entre a capacidade de produção e o nível de consumo das grandes massas empobrecidas – e acabaram por cobrar seu amargo preço.

Nunca houve período em que os monopólios desfrutassem de tamanha liberdade para afrontar a resistência a seus interesses com os métodos que derivam da sua condição intrínseca de perseguir um lucro além do obtido pela extração direta da mais-valia de seus empregados: fixação de sobrepreços, especulação, fraude, suborno, espionagem, chantagem, intimidação, assassinato, pilhagem e genocídio.

O grau de profundidade da depressão que fatalmente ocorrerá nos países mais atingidos está na razão inversa da capacidade dos governos e da mobilização popular de estabelecerem sólidos mecanismos de contenção dessas práticas - enquanto não for possível superá-las por um ordenamento econômico onde as empresas públicas ocupem o lugar dos monopólios privados.

Os monopólios são o fruto podre e envenenado do modo de produção capitalista. Brotaram da impotência do mercado frente ao processo de concentração e centralização do capital e se voltam contra ele para livrar-se das amarras da concorrência e impor sua tirania. Por isso já se disse, com muita propriedade, que seu surgimento anuncia o esgotamento do sistema.

Mas seria tolice pensar que o socialismo, por ser a alternativa mais avançada ao domínio dos monopólios, seja a única opção quando se trata de combatê-los efetivamente. O mercado não tem como evitar o nascimento de seus edipianos rebentos. E, manietado por eles, não pode restringir a sua ação. Mas o Estado, a depender da força que tenham dentro e fora dele os trabalhadores e o capital privado não-monopolista, pode contê-los. Mais: pode evitá-los, e inclusive eliminá-los, através da constituição de empresas estatais, sem que o socialismo tenha sido implantado. Portanto, não é recomendável fugir das complexidades da vida, porque a conseqüência seria trocar a luta política por um propagandismo estéril e imobilista.

Como toda a crise ocorrida no centro do sistema imperialista, esta também pode, em decorrência das medidas que adotemos para enfrentá-la, nos levar de roldão ou fortalecer a nossa independência.

Os monopólios de mídia e a oposição, em absoluta discrepância com os interesses da Nação, difundem toda a espécie de boatos, pseudoteorias e previsões alarmistas que possam ajudar a crise a se introduzir no país.

No afã de responsabilizar o presidente Lula pelas dificuldades econômicas que adviriam desta invasão, os corvos semeiam a desordem, sem medir as conseqüências. A perspectiva de poderem extrair algum dividendo eleitoral do sacrifício do país os cega para o alto preço que acabaria tendo que ser pago por todos.

No entanto, é perfeitamente possível derrotá-los mais esta vez, barrando a crise e acelerando o crescimento econômico.

Antes de mais nada, é preciso reduzir as taxas de juros astronômicas praticadas no Brasil.

Sem erradicar essa praga, cultivada pelos setores interessados em transferir renda do setor produtivo aos monopólios financeiros, nenhuma medida de combate à crise terá eficácia e sequer será levada a sério pelos agentes econômicos.

A própria imagem do Brasil no G-20 sofreria um dano considerável se ele fizesse internamente o oposto do que nosso presidente aprova e defende nas reuniões internacionais.

Paralelamente, é preciso intensificar o processo iniciado pelo governo Lula de fortalecer a ação do Estado na economia, através do investimento público, da expansão do mercado interno, da ampliação da infra-estrutura, da substituição de importações - e reforçá-lo com o controle sobre o fluxo de capitais e a regulação econômica estatal onde ela se fizer necessária. Em uma palavra: retomar e aprofundar o projeto nacional-desenvolvimentista, cujos alicerces foram plantados na era Vargas, e depositar no lixo da história os restos do modelo dependente em sua versão mais extremada, a neoliberal.

O projeto nacional-desenvolvimentista tem por base a aliança entre o Estado, os trabalhadores e o setor privado nacional para defender o país da voragem dos monopólios e promover, simultaneamente, crescimento econômico e distribuição da renda.

Historicamente, quando ele foi implantado, não tinha sentido falar de monopólios nacionais, pois eram todos externos, ainda que mantivessem filiais no Brasil.

Hoje, não se pode dizer o mesmo. No ramo financeiro, no das telecomunicações, mineração, siderurgia, petroquímica, construção e outros surgiram empresas nacionais - nove entre dez cevadas à sombra do criminoso processo de privatizações - que reproduzem as práticas anti-sociais dos monopólios externos e compartilham com eles o espaço nos mesmos cartéis para açambarcar o mercado, esfolar consumidores, esmagar fornecedores e sugar o Estado, bloqueando, em conseqüência, o livre desenvolvimento das forças produtivas nacionais.

Confundir esses setores com o capital privado nacional não-monopolista seria um erro de conseqüências desastrosas. A pior coisa que o governo poderia fazer ao Brasil e a si mesmo no momento de empregar o máximo de firmeza para conjurar a ameaça de penetração da crise seria facilitar a qualquer espécie de monopólio privado o acesso aos recursos públicos, em detrimento dos setores que podem, de fato, alavancar o desenvolvimento: o setor estatal e o setor privado nacional não-monopolista.

Ao fazer balançar dentro dos EUA velhos mastodontes como o Citibank, a General Motors e outros tantos, a crise internacional abre largas avenidas para o desenvolvimento do Brasil. Mas nenhuma delas passa pelo fortalecimento da ação dos monopólios no interior da nossa economia.

Mostra disso foi dada com a escandalosa utilização do compulsório pelos bancos para adquirir patrimônios e não para liberar crédito conforme o prometido; com as falcatruas da Odebrecht, às expensas do BNDES, no Equador e na Venezuela; com as manobras da Vale do Rio Doce para catapultar o preço dos minérios; com o seqüestro das máquinas dos agricultores do Mato Grosso, por bancos que sequer lhes emprestaram recursos próprios, pois operavam como repassadores de recursos do BNDES; com a reedição da prática terrorista das montadoras de usarem as férias coletivas como prenúncio de demissões, apesar de receberem R$ 8 bilhões do setor público - Banco do Brasil e Nossa Caixa - para financiar as vendas de veículos.

É verdade que nosso dever de brasileiros nos obriga a assumir a defesa de qualquer empresa nacional (mesmo monopolista) nas eventuais disputas resultantes de suas contradições com os monopólios externos, pois as primeiras não têm por meta remeter lucros - declarados ou não - para fora do país.

Porém, o mais importante é deixar claro para o conjunto da sociedade o antagonismo entre os monopólios privados de qualquer origem e a perspectiva de desenvolvimento com distribuição da renda, o único que interessa aos trabalhadores e à esmagadora maioria do empresariado nacional - pois crescimento econômico com concentração da renda é, e não tem como deixar de ser, a ante-sala de todas as crises.

Ao contrário dos monopólios externos, cujos 500 maiores controlam através de 420 filiais cerca de 40% da nossa economia, os monopólios nacionais não chegam a duas dezenas. A médio prazo, têm apenas duas possibilidades: serem engolidos por monopólios externos ou cruzarem as fronteiras para piratear os vizinhos. Como a formação histórica, social e cultural do Brasil é um poderoso freio ao exercício do segundo papel, o caminho que acabaria se impondo seria a desnacionalização dessas empresas.

Portanto, a idéia de compensar a drenagem de nossos recursos para fora, realizada pelas multinacionais estrangeiras, com a drenagem de recursos para dentro, através de “multinacionais brasileiras”, é um atalho que leva ao precipício. Ilusão vadia, dispendiosa e suicida, quando implica em retirar recursos vitais à expansão da produção interna para financiar via BNDES - ou seja, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - uma versão caricata da aventura ultramarina.

Hoje, mais do que nunca, o que interessa ao povo brasileiro é avançar no caminho indicado pelo presidente Lula com o PAC: crescimento econômico com expansão do mercado interno - mais produção, mais emprego e mais salário.

Para isso é indispensável ampliar, no interior da economia nacional, o peso do setor estatal e do setor privado nacional não-monopolista em relação aos monopólios, pois no Brasil, assim como no mundo, são eles a fonte dos maiores problemas e das maiores desgraças.

Ao enfraquecê-los, a crise internacional nos oferece uma oportunidade ímpar de acelerar esse processo. Não devemos desperdiçá-la.

Os mais de 40 anos de experiência do Movimento Revolucionário 8 de Outubro nas lutas políticas e sociais do nosso povo nos dão a convicção de que para fazer frente a esse momento é imprescindível o registro de um novo partido político no Brasil.

Esse partido deve se guiar por cinco pressupostos básicos:

1º. Que na atual etapa do nosso desenvolvimento histórico a principal questão da luta mais ampla e fundamental pelo avanço da democracia está na superação das relações de produção dependentes, ou seja, na conquista da plena independência nacional.

2º. Que esta luta corresponde às necessidades e interesses de todos os setores da sociedade brasileira, à exceção dos monopólios, e implica na constituição de uma frente de forças políticas e sociais que abrace e transforme cada vez mais em realidade viva o projeto nacional-desenvolvimentista.

3º. Que politicamente esta frente está hoje constituída pelos partidos que integram a base do governo, com destaque para o PT e o PMDB, que são os maiores e mais influentes. A principal expressão e o principal líder dessa aliança é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fora dela o que existe é o retrocesso. Por isso, utilizar reais ou supostas limitações da frente para combatê-la, ao invés de lutar para impulsioná-la, só tem levado setores que se pretendem à esquerda ao vexatório papel de linha auxiliar das viúvas do neoliberalismo encasteladas no PSDB e no Dem.

4º. Que o ritmo de desenvolvimento de todo esse processo de lutas é ditado pelo grau de consciência e organização de seus maiores interessados, os trabalhadores. Portanto, a atuação do partido no movimento sindical e nos movimentos sociais é fundamental e decisiva.

5º. Que no horizonte da luta pela ampliação da democracia está a construção de uma sociedade socialista, onde o mercado, ao invés de devastado pelos monopólios, seja superado pelo planejamento consciente do conjunto das atividades econômicas, à medida que os meios de produção se convertam em propriedade pública, através de um Estado que incorpore crescentemente às suas atividades as amplas massas da população, até esgotar seu papel e extinguir-se.

Da letra do Hino da Independência vem o nome deste novo partido que convocamos a brava gente brasileira a construir conosco: Partido Pátria Livre. Porque é exatamente disso que se trata: concentrar todas as energias para completar a grande obra da independência nacional.

Esta obra ainda não foi concluída. Várias gerações de brasileiros ao longo da história deram o melhor de si para desenvolvê-la e obtiveram êxitos notáveis. A maior parte dessa construção, que começou com Tiradentes, passou por Getúlio e chegou a Lula, já foi realizada. Mas a que falta deixa o país e o povo vulneráveis à espoliação externa que tolhe o nosso desenvolvimento econômico, político, social e cultural.

Concluí-la aceleradamente será o principal objetivo do Pátria Livre.

O primeiro passo dessa caminhada é recolher as 500 mil assinaturas, até o mês de junho de 2009, para que o PPL possa apresentar seus candidatos às eleições de 2010.

Aos companheiros do PMDB, com os quais tivemos a honra de conviver por mais de 30 anos no interior da mesma estrutura partidária, repartindo o pão, as glórias e eventuais desventuras, o nosso sincero e comovido reconhecimento. Seguiremos juntos na grande frente nacional que se aglutina em torno do presidente Lula, pela qual tanto nos batemos e que, ainda mais do que antes, continuará a contar com a nossa plena dedicação.

São Paulo, 7 de dezembro de 2008

Comitê Central do Movimento Revolucionário 8 de Outubro


fonte: http://www.horadopovo.com.br/2008/dezembro/2726-10-12-08/P8/pag8a.htm

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

50 anos da Revolução Cubana - Uma história que orgulha a humanidade.

Aos grandes guerrilheiros de Sierra Maestra, que adentraram ainda em 1956 para combater o vil governo de Fulgêncio Batista, e que em 1º de janeiro Fidel Castro, Ernesto Guevara, Raúl Castro e companhia, adentram Havana nos braços e nos corações do povo, enquanto o Ditador fugia para os Estados Unidos com os dividendos de uma política corrupta. Por mais que a URSS, e o "socialismo real", tenham ruído nos anos 80, e entrado em colapso em 1991, Cuba mostrou que o socialismo ainda vive com o fevor dos discursos do Grande Líder Fidel, e com a firmeza dos populares, que são o maior pilar desta revolução, e com absoluta certeza o maior patrimônio que Cuba pode ostentar. Viva Fidel! Viva Ernesto Guevara! Viva Raúl Castro!

Em 1º de janeiro de 1959, o mundo observou uma revolução que se tornou um marco na história da humanidade, pois venceu o tempo, as supostas pilastras soviéticas, e o ódio maculado pela política externa dos ferozes Ianques. Fidel Castro pode ostentar uma Cuba liberta, soberana, e principalmente igualitária, às portas de uma Flórida ainda racista, sulista, dos anos de 1950. Um perigo iminente a política hegemônica que os Estados Unidos deflagravam no Caribe e na américa Latina, treinando ferozes ditadores, financiando regimes violentos, e massacres, em nome de uma democracia burguesa, frente a esperança vinda da Revolução Russa, que a URSS, fazia questão de mostrar a todo o mundo. Castro, Guevara, e outros revolucionários provaram que Lênin também se fazia presente na América Latina, pois o socialismo poderia ser alcançado em todas as partes do mundo, mesmo quando fosse preciso vencer a hegemonia da "Águia carniceira".

Fidel abriu as portas para uma geração que lutou continuamente pelo socialismo, pela liberdade, e pela democracia. Uma geração que levou Allende ao poder no Chile, que levou Daniel ortega ao poder na Nicarágua, que levou a UNE a lutar contra a ditadura no Brasil, e inspirou movimentos diversos de guerrilha como o PCdoB deflagrou no Araguaia. Culminando com a recém chegada da grande esquerda latino-americana ao poder com Chávez, Lula, Tabaré, Evo, Bachelet, Corrêa, e Lugo. Fidel ainda é um herói da esquerda, levou consigo a esperança de San Martín, Guevara, e Torrado, e de outros grandes que em toda a América Latina pregaram a liberdade do povo.

Cuba é a espinha de peixe que sufoca a política externa dos Estados Unidos, pois com as atrocidades cometidas com o bloqueio, e as promovidas em Guantanámo são colocadas em descrédito suas posições de defesa aos direitos humanos, e revelam a face do monstro que é a política estadunidense, um verdadeiro emaranhado de preconceitos e de imoralidades. Cuba fez da revolução um estandarte luminoso, como um farol, para guiar a humanidade para uma economia baseada na solidariedade e na humanização das relações sociais.

São hoje 50 anos do maior orgulho da humanidade, a revolução libertadora, de mentes e corações. Uma história que deveria ser comemorada acima de qualquer uma destas festas burguesas como o Natal, ou dias de santos, pois o que Fidel e os guerrilheiros de Sierra Maestra fizeram, nenhum santo, nenhuma religião, nenhum deus, por mais venerado que seja farão!

A Revolução Cubana livrou a grande ilha antilhana de se tornar um bordel da Marinha estadunidade, para fazer de Cuba o único país que nenhuma criança perece ao relento, que nenhum ser humano morre de inanição, que nenhuma família há de morar em moradias insalubres.

Viva Fidel! Viva Raúl! Viva Che!