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terça-feira, 17 de julho de 2007

Até Zé Dirceu acredita numa armação de Cesar Maia

15/7/2007 - Vaias e pesquisas
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=524&ac=0&Itemid=37

O jornalista Clovis Rossi perdeu o bom senso e está colocando suas idéias acima dos fatos. Basta ler seu artigo “Um risco no teflon”, na Folha de hoje (só para assinantes). Ele usa o eleitorado do país, como base para calcular a percentagem de votos que Lula obteve no primeiro e segundo turno, e não os votos válidos, como manda a Constituição e, embora esclareça que a regra é absolutamente legitima, isso não tira o caráter golpista de seu artigo. Ou seja, nas entrelinhas vai construindo a ilegitimidade do mandato de Lula, como nos velhos e bons, para eles, tempos da UDN, que levantou a tese da maioria absoluta, que não existia, contra a posse de Getúlio Vargas e, depois, de Juscelino Kubistchek. E, isto mesmo do JK. Eles eram e são muito reacionários.

Tirar qualquer conclusão nacional sobre a popularidade do presidente Lula pelas vaias que levou no Maracanã, normais numa democracia, sem levar em consideração o público e a situação específica que vive o Rio de Janeiro, e mesmo sem levar em conta prováveis manipulações do público presente, é um atestado de desespero. Ou pior, de desonestidade.

As vaias não podem ser desprezadas, mas é preciso entender as circunstâncias em que ocorreram: na abertura de um evento esportivo, com grande presença de classe média alta e grande número de pessoas convidadas pelo prefeito César Maia, um líder da oposição ao governo Lula. Naquele clima, bastaria um grupo significativo puxar uma vaia para ser seguido pela maioria, abafando qualquer aplauso.

Mas, entre as vaias no Maracanã e as pesquisas, fico com as pesquisas.

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