PT - Instantâneo

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ditadura da Mídia - Três anos da maior injustiça política no período "democrático" do Brasil

Em 1º de dezembro de 2005, José Dirceu foi cassado em plenário da Câmara dos Deputados, na maior encenação promovida pela direita brasileira, e turbinada pela mídia que transformou meras denúncias infundadas em sentença, suspeitos em criminosos, e delatores em heróis. José Dirceu, infelizmente foi julgado como criminoso pela mídia, e pela câmara dos deputados, justamente o homem que lutou pela redemocratização do país, lutou pelos direitos dos trabalhadores, desmembrou a face da direita, que terminou com o impeachment de Fernando Collor, ajudou Lula na organização do primeiro mandato, e blindou o governo dos trabalhadores de um golpe branco. Desde então figuras como José Genoíno, Ângela Guadagnin, e o próprio PT, foram colocados em cheque. Já é hora da verdadeira anistia, pois o que a Mídia fez nem o pior dos algozes da nossa direita conseguiu fazer sob força do AI-5, estampou na consciência das vítimas uma ferida que não cicatriza, não é aparente, mas sua marca fica latente nas mentes das pessoas.

O ano de 2005, ficará na história como o ano em que o PT e seus principais dirigentes foram perseguidos até a exaustão, o auge desta "caçada" culminou com a cassação do mandato de José Dirceu (PT-SP), que sem dúvida foi o maior espetáculo promovido pela mídia, como uma verdadeira arena romana, em que o gladiador venceu os leões, porém a mídia no papel de César ordenou a execução. Neste período a militância petista viveu dias sombrios, onde escondiam a estrela, antes estampada no peito, dita em versos e gritos, como se houvesse a restauração do poder ditatorial, e fossemos obrigados a viver como clandestinos no próprio país.

A Mídia levou a uma situação que pode ser comparada o que Hitler e Goebbels fizeram com os comunistas e judeus na Alemanha, porém era melhor termos sido confinados em campos de extermínio, do que sofrermos a discriminação aberta, sem paredes, e sem rosto, pois não pudemos ao menos identificar quem atentou contra nossa militância, e pedir seu julgamento aos moldes do que ocorrera em Nuremberg. A mídia tomou Goebbels como base, pois como o mesmo diria "uma mentira dita cem vezes torna-se uma verdade", não tenhamos dúvida que assim fizeram indiscriminadamente, e pior esta verdade tornou-se para mídia brasileira, "de caráter irrevogável e sem direito a contestações".

Os militantes que lutaram contra o turbilhão foram todos massacrados, como o caso de Gushiken, de Palloci (PT-SP), de Genoíno (PT-SP), e principalmente da militante histórica Ângela Guadagnin (PT-SP), que inclusive fora ameaçada no Plenário da Câmara de ser julgada da mesma forma que os depuatados que resolvera defender. Defendeu um a um, e provou a inocência de cada um deles, a excessão de José Dirceu, pois este era uma notória vítima de perseguição política. Quando zombou da cara de seus algozes, a mídia tomou parte da nossa vil direita e transformou uma zombação, que o próprio Heráclito Fortes (DEM-PI) faz com muito mais virilidade e preconceito, em vergonha nacional, e destriui a moral de uma deputada de qualidades das mais admiráveis, de projetos importantes, em personagem central de um escandâlo.

Quando Arthur Vírgilio e ACM Neto ameaçaram de dar "uma surra no Presidente da República", não houve a mesma repercussão, ou quando Heráclito Fortes chamou os colegas recentemente para o julgamento de uma das CPMI's pois "os petralhas já estão lá", e nem ao menos quando o Senador Agripinho (DEM-RN) fez o mais famoso interrogatório fascista pós-ditadura, não houve a repercussão da "dança da pizza", que poderia inclusive hoje mudarmos o nome para "dança da moralização". A mesma mídia que justificou estas máximas da covardia, até a vitória de Lula e do PT em 2006, como verdadeiras fênix, que ressurgiram das cinzas de um sistema político débil e virulento, criado e armado pela nossa direita na transição da ditadura para democracia. O PFL do Senador Bornhuasen, que parece ter sido fruto de alguma mudança genética do desastre nuclear de Hiroshima, tal como Godzilla, e que falou que "esta raça (petistas) estariam extintos por pelo menos 30 anos", viu se esvairir o PFL, e transformar-se em Democratas, uma mudança abrupta, pelo menos no nome, de quem se acostumou a mandar no país como um ditador.

A perseguição imprimiu em todos os petistas uma sentimento de dor, sob força de uma tortura "pós-moderna" com toda gama de crueldades possíveis. A mídia, que não tem sua fundação como partido, porém que atua como um, que tem por trás interesses oriundos dos donatários do capital, exercendo assim um poder incólume comparado com os poderes oficiais do país. Ou seja, o "quarto poder".

O PT sempre foi contra a censura, porém minha posição ainda que concordante é contra também este poder demasiadamente grande, ainda mais financiado pelo capital empresarial. Penso que a mídia deveria fazer a retratação de acusações tão sérias, inclusive com pedidos de desculpas durante horário nobre, e impossibilitados de dirigir críticas de coisas que não podem sustentar argumentação, principalmente de assuntos relacionados a política. Enquanto a mídia for sustendada por grupos familiares, pelo capitalismo financeiro, e por interesses pessoais, suas opiniões são enviesadas e impossibilitadas de emitir quaisquer argumentações.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quando não se pode negar os avanços - A crise da extrema-esquerda no Brasil e na América Latina

A América Latina de Lula, Chávez, Bachelet, Tabaré, Morales, Corrêa, e Lugo, deram uma importante lição aos opositores da chamada "Esquerda Trotskista", pseudo-lideranças que reivindicam os ideais de Léon Trotsky, e que se opõem a qualquer plano de governo de esquerda e popular, e rotulando como governos "pequeno-burgueses", desqualificando seu surgimento dos movimentos de populares. Hoje os mesmos se veêm em graves conflitos ideológicos, uma vez que não podem negar os avanços da verdadeira esquerda, que obrigam os militantes desta falsa esquerda a cooptarem involutariamente aos preceitos que antes renegavam com veemência. PSOL, PSTU, PCB, e PCO, por mais que tentem negar, hoje estão rendidos frente as façanhas de Lula e do PT.

Há muito tempo, nem o mais cego militante da direita consegue negar as façanhas de Lula frente ao governo do Brasil, e hoje também nem o mais voraz militante da falsa esquerda, consegue negar os avanços de Lula. Partidos como PSTU e PSOL já beiram o total esfacelamento ideológico, de uma esquerda sem rumo, e sem líder, pois não tem mais pauta para reunião, a não ser tentar negar o inegável, transpor o intransponível. Ou seja, criticar Lula e o PT, é uma tarefa árdua, que nem nos grotões da direita preconceituosa, onde figuram seres nefastos como Bornhausen, Agripino, Vírgilio, dos redatores da Veja, da Globo, e da Folha, além é claro das viúvas do Cansei.

Personalidades da "extrema-esquerda" como Zé Maria, Plínio Arruda, Mancha, José Nery, Rui Costa Pimenta, Ivan Pinheiro, e Heloísa Helena, hoje são figuras demasiadamente pacatas, e desprovidas de qualquer alternativa ao que Lula e o PT propuseram ao país, sendo assim seus partidos por muitas vezes já fazem pressão pela adesão ao programa popular de Lula, ou ainda vão mais longe no intento de rejeitar o socialismo petista, e acampam junto aos ideais da nossa direita, representada por setores do PV e do PPS. Ou ainda, rejeitam Lula e o PT em seu discurso, mas na prática se aliam ao PT para fazer vereadores e deputados.

O significado de ESQUERDA, vai muito além da opção política, mas é a opção ideológica pelo coletivo, pelas massas, por fazer o necessário por uma sociedade mais justa e fraterna. O socialismo e o comunismo, são as opções mais comuns por militantes que se identificam com esta mentalidade, mas há que opte pelo anarquismo, ou por lutar entorno do humanismo e outras alternativas, porém quem é de esquerda de verdade, milita junto aos partidos de esquerda, criando alternativas, e jamais vão de encontro aos que tentam criar. O PT por maiores erros que tenham cometidos, não pode ser culpado por não conseguir aplicar os preceitos integrais do socialismo petista, pois o mesmo disputa o governo à esquerda, e existem outros partidos como o PCdoB, o PSB, e o PDT, que assim fazem também, e muitos outros que disputam ao centro e mesmo a direita, como o caso do PMDB, do PTB, do PP, e do PV.

Se esta "pseudo-esquerda", não deixar do velho rancor de lado corre o risco de se esfacelar de vez, ou ainda de servir de alavanca involuntária para que a direita retome a direção política e ideológica do Estado. O PSOL de Heloísa Helena, tem setores que já pensam desta forma e que consideram uma importantes estratégia disputar os rumos do governo e compor quadros com o PT, porém o PSTU e o PCB somente agora vem considerando esta possibilidade sem assinalar claramente este rumo, se acovardando diante dos desafios impostos. O PCO por mais duras críticas que assinale a Lula e ao PT, prefere sempre estar ao lado do que propriamente romper com o PT e seu significado histórico.

Em toda a América Latina este "ramo" da esquerda vem perdendo significado e se esfacelando em meio as contradições e ao sectarismo intrínseco nos ideais de seus partidos, na Venezuela podemos considerar que não há mais "oposição de esquerda" a Hugo Chávez, assim como na Bolívia de Evo, e no Equador de Corrêa, no Brasil estamos indo por este caminho. Pois a crise como conclamaram não atingiu o Brasil, o povo declara abertamente sua satisfação por Lula, e sua força fica restrita às massas das elites que ainda relutam ficar contra o PT e Lula, sendo assim sua posição ideológica está literalmente ameaçada.

Em 2010 o PT deverá se colocar em um fortíssimo campo de esquerda, com a composição de partidos como PSB, o PDT, e o PCdoB. A possibilidade de formar uma coalização da esquerda verdadeira, alternativa ao sistema neoliberal, enfrentará a coalização da direita ressentida que virá com a força do PSDB, do DEM, do PTB, e provavelmente do PMDB, se o eixo PSOL-PSTU-PCB se colocar em 2010 como em 2008, em oposição a esquerda estará se alinhando a direita de forma perigosa, e que poderá levar a Aécio, ou José Serra ao Planalto, inviabilizando os planos de governos de esquerda no Brasil, por períodos prolongados.

Por mais que os rumos sejam diferentes é necessário uma pauta comum. Pois ou esta falsa esquerda se esfacelerá de uma vez, ou ajudará a deteriorar todo o resto da esquerda. O PSOL viu o resultado de seu plano de ataque a esquerda, o PT se revigorou em 2008, enquanto o PSOL não elegeu sequer vice-prefeito. O PSTU e o PCB nem vereadores elegeu, e o PCO... é na mesma, sem ninguém, e diminuindo o número de filiados mês a mês.

À esquerda sempre, porém como altenativa para o que a sociedade capitalista impõem.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Lula, Brasil, a Crise Global, e a demagogia de direita - Qual o papel da direita brasileira na crise?

O PIB do Brasil crescerá acima da casa dos 6% este ano, e no ano de 2009 entorno de 3,5%, algo que até bem pouco tempo era impossível, agora a direita e seus capangas da mídia vem com o discurso que o Brasil está susceptível às intempéries da Crise Global do sistema capitalista, em uma jogada desesperada para jogar a popularidade de Lula para baixo, e assim forçar um cenário adverso, para que o PT e o Bloco de Esquerda não consigam viabilizar um sucessor em 2010... Como a direita se engana, ao imaginar que mesmo em um cenário de recessão global, o Brasil se comportaria como mosca em meio ao melado, Lula anteviu todo ese processo e preparou o país para crise, coisa que o ilustre de Sorbonne não fez.

O ano de 2008, ainda que crítico para a maioria dos analistas de economia, com a crise dos mercados de futuros e do próprio sistema neoliberal, numa escala global, também pode ser considerado como o maior teste para o Governo Lula, em que a direita mobilizou suas ordas de analistas políticos da grande mídia, seus deputados, senadores, e governadores para tentar colocar o governo federal nas "cordas", com a finalidade de destruir a imagem de solidez do país e jogar o Brasil para mais uma crise, afentando inclusive a classe empresarial, com a desconfiança e o medo de investir no país.

Como já sabemos, um ano e meio se passou, com crise de alimentos, de mercados imobiliários, de crédito, e mesmo de confiança, porém o Brasil está passando quase que imune a toda maculação de intempéries, enquanto os Estados Unidos quebram como que um "graveto podre", e União Européia sente a crise como que um ciclone, e o Japão vive como que a turbulência de um terremoto. Os BRIC's (Brasil, Rússia, Índia, e China) parecem não dar bola ao que o mundo desenvolvido, e centro do capitalismo financeiro internacional estão sofrendo.

O Brasil, mesmo que com crescimento reduzido para 2009, se apresenta como uma potência emergente no Cenário Global, dominando o contexto latino-americano com uma política externa ao mesmo tempo conciliadora e hegemônica, frente aos Estados Unidos. Para nossa retrógrada oposição de direita, cabe o choro, pois se nese momento o senhor de Sorbonne, estivesse a frente da nação, teríamos uma certeza... do Brasil, não sobraria nem o nome, pois até este seria vendido para pagamento das dívidas contraídas na crise, ou seja, a estas horas estariam Malan, e Armínio Fraga de joelhos no FMI, pedindo pela alma de suas mãezinhas, privatizadas em leilão público, é claro, que fosse concedido crédito ao país para não quebram como os Estados Unidos.

Mas como dito, as coisas mudaram pois quem pede ajuda hoje são os Estados Unidos, e Lula hoje é qem tem de falar para ter confiança na economia dos Estados Unidos... pera lá, a dez anos não era o Clinton que tinha manifestar confiança para investir no Brasil de FHC??? Como faz esta oposição sem norte, sem esperança, e sem quartel, que agoura o futuro do país com as mesmas especulações precisas que levaram ao esgotamento dos mercados de capitais, e a quebra do sistema capitalista. Hoje o bloco PSDB-DEM-PPS, o Bloco Reformista Democrático, tenta de forma desesperada fazer valer seu peso (morto), para levar a mídia de direita também a apoiar uma alternativa retroz, entre Serra e Aécio, contra a candidatura de esquerda que será representada pelo bloco PT-PCdoB-PDT-PSB, com a provável ida de Dilma Rousseff para às cabeças.

Lula fez o inimaginável, conseguiu aumentar sua aprovação para 89% da população, em momentos similares no passado seria justamente a hora do baque presidencial, agora cabe a nossa retroz direita pensar o impossível, ou seja, um plano de sucessão a Lula, pois com crise ou sem crise, não há possibilidade de vencer Lula. A nova geopolítica global colocou o Brasil em situação privlegiada, pois como dizem os grandes capitalistas "é em meio a crise ue surgem as oportunidades", e neste contexto não há como não creditar méritos a atuação do metalúrgico a frente do governo, nem os nossos algozes direitas poderiam deixar de rasgar seda para Lula.

A nossa oposição retroz, comandada por Heráclito Fortes, José Serra, Aécio, Kassab, e tantas outras figuras repulsivas, hoje elogiam Lula, e aí está a verdadeira crise... a crise da direita, da demagogia e do medo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ecocapitalismo e os créditos de Carbono - Uma nova roupagem para o velho sistema

O Protocolo de Kyoto lançou importantes reflexões a sociedade capitalista, dentre as idéias colocadas em 1997 o esgotamento da sociedade de consumo de massas sem limites propondo um novo pacto, que era tão perverso o sistema neoliberal que já mostrava seus entraves, o que seria chamado de ecocapitalismo. Um pacto que propõem preservar a natureza, porém a transforma em mais uma mercadoria de consumo, adequando aos preceitos neoliberais, com as proposições crédito de carbono, e de desmatamento evitado. Hoje no auge da crise do neoliberalismo, e com o meio ambiente e o turismo transformados em alternativas plausíveis para retomada do crescimento, e epicentro das atenções das sociedades capitalistas, quais são as perspectivas da preservação do meio ambiente? A votabilidade sistêmica irá influir na sua conservação? O ecocapitalismo é de fato a alternativa para a sustentabilidade ambiental?

Em 1997, na cidade de Kyoto, o sistema capitalista parecia prever seu colapso, que ocorreria em 2008, e não fez por menos ao lançar uma via alternativa ao sistema tradicional de exploração dos trabalhadores, e das nações subdesenvolvidas, ou seja, forjou em seu bojo o chamado ecocapitalista, com proposições avançadas enquanto a preservação ambiental, porém ainda conservou o mesmo ímpeto perverso de exploração, antes dos trabalhadores, agora do espaço e das comunidades ditas como às margens do processo de globalização.

Comunidades tradicionais, indígenas, de trabalhadores campesinos, agora ameaçados pela volatividade dos mercados de consumo, e de futuros das bolsas, prestes a se tornarem novos peões do vil jogo do sistema capitalista. Créditos de carbono, e capitais injetados com a finalidade de evitar o desmatamento, nada mais são do que o rifamento das florestas plantadas, ou virgens, gerando novas situações de conflito entre trabalhadores e comunidades e os empresários atribuindo preço a algo que primitivamente elenca valores sociais e ambientais, que vão além da mesquinhês do lucro.

O esgotamento do mercado de consumo de massas, ainda mais quando relacionamos ao consumo de bens materiais, tornou-se cada vez mais iminente, então faz-se necessário o consumo de bens imateriais, como o consumo produtivo do espaço geográfico, e desta forma o turismo e o meio ambiente são as alternativas forjadas para superação da crise, onde a sociedade caminha rumo a pós-industrialização e informalização do emprego dos trabalhadores, buscando sempre o lucro, e a exploração excessiva dos recursos naturais, das paisagens, dos lugares, e das identidades locais.

O ecocapitalismo é a nova roupagem adquirida hoje por um sistema em crise, porém em detrimento da qualidade de vida das populações tradicionais, e do próprio meio ambiente, que não resistirá as crises do sistema capitalista, e nem se recuperará a mesma velocidade da depreciação antrópica. A saída a crise é a criação de uma sociedade ecossocialista, onde a valorização dos coletivos humanos e dos domínios ambientais esteja no âmbito da nova consciência sócio-metabólica, superando a hegemônia do poder do capital hoje latente.

Caso não seja criada esta nova consciência sócio-metabólica, as perspectivas em relação ao futuro ambiental do planeta continuam incertas, pendendo ao desequílibrio irreversível dos quadros climáticos, e desafiando a capacidade de adaptação da espécie humana, e das demais espécies animais sobre a superfície terrestre.