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domingo, 3 de fevereiro de 2008

2008 – UM ANO DE REFLEXÃO E DE PENSAR A CIDADE.

O ano de 2008, como é sabido, tem especial importância, pois nesta época elegemos os representantes de nossos municípios, porém precisamos colocar nossas consciências em intensa reflexão e pensar que tipo de cidade que queremos. Não adianta elegermos os que mais prometem, ou quem mais pagou para colocar o cartaz em vossas casas, mas eleger candidatos com propostas plausíveis e que de fato não representem meros bairros, mas a cidade.


A cidade é o espaço derivado das lutas de classes num processo histórico que resulta na formação dos espaços sociais urbanos, ou seja, as lutas cotidianas que travamos para instalação de creches, hospitais, postos de saúde, delegacias, espaços de comércio, praças, fábricas e etc., são todas derivadas dos anseios do povo e sua reivindicação junto ao poder público, mesmo que por vezes este poder esteja sob mãos e a mercê de interesses externos, como o exercido pelo capital privado.

O cidadão que deseja o melhor para sua família e para sua comunidade não pode se eximir do pleito eleitoral que virá em outubro deste ano, a eleição dos prefeitos e vereadores em todos os municípios deve ser acompanhado por cada um, deixar de lado as idolatrias por cicrano ou fulano e passar a criticar as ações dos candidatos e cobrar de ações verdadeiramente construtivas.

Os velhos oligarcas, clãs de famílias de dominam as políticas municipais, devem ser depostos, pois são estes que deixam de pautar questões inerentes a qualidade de vida da população, como a qualidade da saúde, educação, saneamento básico, transportes públicos, políticas para juventude, para tratar de colocar chafarizes, renomear ruas com o nome de seus antepassados e promover vários absurdos e aberrações em suas passagens nas câmaras de vereadores e nas prefeituras.

Pensar a cidade é algo conjunto, que não pode ser feito por panfletos ou por grupos de marketing eleitoral, não pode ser descritos em meros manuais, é algo que deve ser decidido junto ao povo, nas reuniões com candidatos aos cargos de vereadores e ao cargo de prefeito. Aqueles que não se dispuserem a estas reuniões ou consultas populares devem ser rechaçados logo de cara, principalmente estes candidatos que se apresentam no rádio, na televisão, porém nunca deu as caras no seu bairro, nem ao menos acompanhou as lutas antes da eleição em sua região, para num momento em que você percorre até o local de votação, haver um enxame de panfletos espalhados ao chão com o nome e o número do infeliz. Hora pensemos um candidato que não tem o comprometimento de acompanhar vossas batalhas e o cotidiano, e empesteiam as ruas da cidade no dia da votação com panfletos, qual será sua atitude quando eleito? Um indivíduo que viola as leis de não fazer campanha no dia da votação, que não tem responsabilidade com o meio ambiente e que impede o seu direito de trafegar a pé por ruas limpas, qual será sua moral?

Pedir pela melhoria e acompanhar os planos de campanha é fundamental para uma escolha correta e que não lhe trará dores de cabeça futura. O candidato perfeito é aquele que sempre está ao nosso lado, mesmo não sendo de fato um representante eleito, mas um indivíduo atuante na sociedade, que faz transformar com suas idéias e seu empenho o lugar em que moramos, sem que para isto receba nada em troca.

Os velhos oligarcas da direita não têm tal sensibilidade, se afastam tão logo do povo quando eleitos, assim como os engenhosos catastrofistas da ultra-esquerda, que sabem apenas bater, criticar, mas não apresentam planos. Os rumos das cidades devem ser tomados por indivíduos que pensem o espaço com o povo e para o povo. Uma cidade livre, de pleno acesso aos cidadãos, com qualidade de vida e com espaços para expressão e delimitação de ações. O ano de 2008 é a hora para decidirmos com os candidatos de ideais populares os rumos que nossos municípios serão guiados para os próximos quatro anos.

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