PT - Instantâneo

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

LULA e o PAC

O governo Lula, nestes últimos quatro anos, promoveu a desconcentração de renda das classes mais abastadas para as classes mais desfavorecidas da população de forma significativa com aumento real do salário mínimo, com programas de complementação de renda com o Bolsa Família, crédito a pequenos agricultores além de secretarias e ministérios relacionados as resolução dos problemas do povo brasileiro.

Muitos questionam o pagamento de juros da dívida externa e da dívida interna como abusivos e desnecessários, esperando que Lula desde o ano de 2003 propusesse o não pagamento de tal dívida para alavancar o desenvolvimento da nação, mas os mesmo que o criticam e o questionam esquecem que o Brasil estava falido quando entregue por FHC, onde as indústrias demitiam milhares de trabalhadores semestralmente por conta do aumento do preço do dólar e o não acompanhamento do crescimento do consumo interno para fazer a compra de sua produção, no campo os grandes latifundiários a qualquer crise jogavam os pequenos agricultores a frente para pedir empréstimos, quando conseguiam a linha de crédito emergencial pegavam a juros mais baixos e os pequenos agricultores pouca coisa poderiam fazer para se sustentar no campo, o comercio enfrentava uma crise, principalmente o comércio ligado as lojas de R$1,99, onde muitas lojas pouco poderiam oferecer em ofertas e variedades. Na bolsa de valores recordes atrás de recordes de pontuação do risco país, o mundo esperava por uma crise brasileira aos moldes da Argentina em 2001. Quais as opções de Lula para o Brasil em 2003? Talvez as seguintes:

a) Dar um calote da dívida externa como muitos sugeriam e fazer as reformas abruptas no campo na indústria e no comercio, estatizando bancos e reestatizando as empresas vendidas por FHC e ver metade do PIB do país sair na mesma hora em que tais medidas fossem decretadas, além de um sucateamento tecnológico das indústrias do país assim como ocorreu na Argentina. Resolvendo os problemas sociais endêmicos a base de decretos e limitando mais tarde a melhoria das condições sociais por problemas diplomáticos e econômicos uma vez que os problemas econômicos não foram tomados com preocupação.

b) Não calotear (pelo menos fingir não calotear) o FMI, pegar empréstimos com o fundo e pedir o apoio de Bush para consegui-lo. Conseguir crescimento de 8% ao ano a base do dinheiro de privatizações e empréstimos, sem resolver problemas da economia. Dar continuidade as privatizações de FHC ganhando assim respaldo do mercado financeiro, a venda do patrimônio nacional. Aprofundar o abismo social com a queda do poder de compra do salário mínimo, colocar a marginalização os movimento sociais, impor decisões sem qualquer preocupação com que o povo deseja. Passar para o lado do PSDB e PFL para seguir a vitimar a nação com medidas abusivas e abafar todo e qualquer caso ou denúncia de corrupção.

c) Não dar o calote na divida externa com uma política séria de redução de juros sem que dê a impressão do mercado que findará a época de rentabilidade especulativa e impedir que empresas se aproveitem da situação para fazer uma reserva de lucro sobre a baixa dos juros nesta época. Promover uma significativa mudança na concentração de renda com programas estratégicos, elevar o salário mínimo e controlar a inflação com o máximo de rigor possível para sempre observar o salário de o trabalhador ganhar em poder de compra. O crescimento econômico ser reflexo do que realmente o mercado pode produzir e não mais pelo que o mercado quer. Deixar que toda denúncia de corrupção (mesmo que infundadas) sejam investigadas levando a maior transparência possível das ações do congresso e do planalto. Abrir as portas do governo às reivindicações dos movimentos sociais sem importar-se com a “opinião pública”, conseguindo o respaldo popular e trazendo a tona os problemas endêmicos da sociedade brasileira.

Lula preferiu a última alternativa, sem dar atenção aos oposicionistas que resolveram escolher as outras duas alternativas, pois o país necessitava tomar um rumo sustentável economicamente e socialmente. Lula guiou o PT e a base governista a um projeto de reconstrução nacional, sem que para isto tomassem em conta meras ideologias, que nada resolvem o problema do país.

Nesta última eleição o Brasil optou por um programa sério de governo de Lula, deixando de lado o programa neoliberal copiado de FHC de Geraldo Alckmin, deixando de lado o programa ousado e sem conseqüências de Heloisa Helena, deixando de lado o programa de base única na educação de Cristovam Buarque e os programas sem pé nem cabeça de Eymael, Luciano Bívar e Rui Costa Pimenta.

Agora neste primeiro de janeiro Lula lançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para desgosto dos oposicionistas de todas as linhas ideológicas e para deleite do povo e da base governista. As bases de infra-estrutura econômica estão mais reforçadas com a poupança recorde da economia que facilmente ultrapassa 25% da economia brasileira, com planos de massificação educacional, de implementação de tecnologias nas casas de toda a família brasileira.

Findou-se a época em que o crescimento excluía a grande massa populacional, agora os salários serão reajustados a base do crescimento econômico e da inflação, impedindo a perda de valor do salário mínimo do trabalhador e de sua família. Com Lula os próximos quatro anos serão de crescimento econômico e social constante e de bases fortificadas.

Para 2010, os oposicionistas se preparam, pois o povo estará com sua consciência afiada para eleger a continuidade da melhoria de suas condições. Lá estarão os representantes do povo para mais uma vez derrubar os ideais dos representantes das elites, por mais que a mídia se mobilize em uma empreitada para emplacar seus representantes, não conseguirão reverter o que o povo clama com fervor e esperança.

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