PT - Instantâneo

domingo, 17 de junho de 2007

USP OU BAGDÁ?

USP OU BAGDÁ?


Os movimentos pelegos da CONLUTE e da AJR (Aliança da Juventude Revolucionária) e de outras organizações partidárias que desvirtuaram o Movimento Estudantil levando a depredação da USP pela classe elitizada que se auto-intitula revolucionária.

O movimento estudantil da USP falhou de forma cabal ao desvirtuar as funções da invasão a reitoria e na degradação do patrimônio publico em nome da revolução marxista-lenista e da derrocada do governo Lula e dos decretos de José Serra, a base de muita maconha que já deve ter extraviado o que lhes restava de consciência.

A utopia superada combinada com a falta de ideais concretos e muita garotada “playboy” na universidade levam a inconseqüência de ações sob a forma de rebeldia imprudente em um local onde o conhecimento e a cultura deveriam estar sob resguarda. A USP foi mutilada por partidos da esquerda extremada, foi destruída por estudantes da classe média-alta e alta, foi sufocada pelo governo de José Serra.

A pelegada da USP que neste sábado falou em privatização de faculdades particulares esquece que a população que está nos programas PROUNI e outros programas de assistência do governo federal, do excelentíssimo presidente Luís Inácio Lula da Silva, pois a elite tratou de ocupá-la e agora chama Lula de “reformista”, “traidor dos ideais populares”, mas quem de fato casou os problemas estruturais que o presidente agora tratou de corrigir? Os “revolucionários de meia pataca” da USP por qual motivo não se retiram da universidade e não se matriculam na UNIP, ou na Mackenzie para abrir espaço para o povo ascender a universidade pública?

Os partidos que organizaram este movimento frustrado tentam emergir uma revolução deturpada sem compreender de fato seus próprios atos nesta ação falha. Deveriam o PSTU, PSOL e PCO arcar com todos os custos da depredação do patrimônio publico e cultural que a USP representa. A punição deverá ser exemplar para estes partidos sem bases e coerência.

A “conlutada” e a AJR em sua ânsia pelo socialismo estão perdendo o tempo histórico da construção socialista de Lula, ao deturpar as construções sociais do PT de deste governo, o PSTU e o PCO fragmentam os movimentos sociais, sindicais e estudantis para financiamento dos seus partidos fantasmas que se extinguiram em meio à reforma política.

A USP assim como outras universidades públicas deveria agora estar sob uma tutela de intervenção federal para retirar a massa elitista que corrompe as universidades públicas e promover o socialismo radicalizado que tanto os partidos da esquerda extremada reivindicam.

A USP virou uma Bagdá! Barricada de pneus em frente ao prédio da reitoria, pixações mil em todos os prédios, arruaça pelas ruas da cidade universitária e estudantes (arruaceiros) prontos para enfrentar a PM. José Serra tem boa parte da culpa por esta situação, mas o movimento de estudantes e professores também não apresenta solução para este impasse, apenas reivindicando a revogação dos decretos da autonomia.

A reforma universitária tem que logo acontecer e ser mais aprofundada quanto às cotas da população mais carente na universidade pública, para retirar as elites de nossas instituições públicas e dar ao povo o que é do povo. Viva Lula!

quinta-feira, 7 de junho de 2007

MODELOS “PRÉ-FABRICADOS” DE ESQUERDA NÃO SERVEM PARA O BRASIL!

MODELOS “PRÉ-FABRICADOS” DE ESQUERDA NÃO SERVEM PARA O BRASIL!

Tentar reviver a esquerda do século XX sobre abordagens socialistas inspiradas no lenismo, trotskismo, maoísmo, ou qualquer outro tipo de linha de pensamento de sociedades que não vingaram é querer adotar um modelo ultrapassado para o Brasil e promover a coerção da liberdade do cidadão.

Tentativas de promoção da revolução - concebida ideologicamente por Karl Marx, F. Engels e outros grandes pensadores do século XIX -, que durante o século XX foram feitas e todos os modelos, desde a revolução bolchevique, até a revolução sandinista fracassaram, pois a maioria destes modelos usou das mesmas armas, a repressão social pós-revolucionaria que acabou eclodindo um forte movimento anti-socialista quando os regimes se desintegraram, os poucos paises que ousaram em desafiar o comando central moscovita, fracassaram por estar às margens do modelo soviético e do modelo de sociedade capitalista estadunidense. As cinzas que sobraram da guerra-fria como Cuba, Vietnam e Coréia do Norte estão adaptando seus modelos socialistas às condições da globalização iminente para não haver a falência de seus sistemas.

Quando observamos a relutância de partidos nacionais de esquerda, que se apóiam sob bases tradicionalistas do socialismo, que o vêem como algo inflexível, sem possibilidades de revisões dos modelos pré-estabelecidos, esquecendo nenhum deles veio a seguir o modelo idealizado por Marx, seguindo apenas o que a realidade da revolução de 1917 lhes mostrara em uma verdadeira adaptação do sistema socialista a ótica russa de 1917. Quando os militantes do P-SOL afirmam que tanto o PT quanto o PC do B abrigam um modelo de esquerda falida, mas esquecem de ver que o próprio modelo por eles idealizado de concepção partidária, onde afirmam sua posição veemente em relação a adoção de um modelo trotskista para o Brasil, assim como os militantes do PSTU e esquecem que este modelo está defasado, está sem aplicabilidade dentro do contexto atual.

As revoluções que tanto os militantes do PCB e do PCO conclamam o povo estão sob o espectro da falha iminente, pois não existe hoje um vácuo para deflagrar-se a revolução, pois o país se encontra em plena expansão e melhoria, sendo que qualquer passo sem planejamento extremamente calculado poderia levar a tentativa revolucionária ao fracasso uma vez que o Brasil ainda possui sua renda concentrada sob as camadas mais altas da população, portanto a saída do capital brasileiro, que é de extrema importância para sustentação revolucionária, poderia sair do país no mesmo momento em que a revolução fosse deflagrada.

Estes partidos em seu imaginário ingênuo ao tentar colocar em discussão a possibilidade de se fazer o mesmo no país são levados para o gueto político pela própria cúpula inatingível, para poder imaginá-los sem que observem a verdadeira realidade que os cerca.

O modelo de socialismo petista vem para contrapor os modelos já existentes, vem colocar em pauta a construção do socialismo cotidiano para superação definitiva do capitalismo, algo que seja duradouro. Quando o governo federal aplica medidas emergenciais como o “Fome Zero” e os outros diversos programas de desconcentração de renda e que levem a dignidade ao povo brasileiro são os primeiros passos para construção do socialismo no Brasil, algo que ainda nem nós petistas temos condições reais de imaginar quanto tempo levará até a conclusão de um governo socialista, mas será algo inédito na história mundial.

Um partido que realmente se diz socialista deve abrigar em seu âmago a concepção de democracia e da liberdade individual e coletiva dentre seus membros e nas sociedades em que governa, pois o socialismo somente poderá receber esta denominação se houver a radicalização democrática a todos os indivíduos de uma nação. Termos como “ditadura do proletariado” e “partido único” não combinam com os ideais socialistas, quem conclama tais termologias em nada pode entender da essência de uma sociedade socialista.

Modelos “pré-fabricados” de esquerda não servem para o Brasil! Quem ainda os imagina esquece o momento especial que este país vive com a ascensão da esquerda no quadro político nacional, correndo o risco de perder o bonde histórico para quem sabe mais tarde dentro de um século talvez levantar as mesmas bandeiras de algo que demoraram a perceber.

O socialismo real começou agora com Lula e o PT ascendendo com a esquerda em 2002 e seu processo de evolução depende de como a esquerda se portar para manutenção deste ciclo evolutivo que a sociedade brasileira vem optando, mesmo que de forma tímida e relutante. O Brasil somente poderá se tornar socialista por tempo indeterminado se toda a militância de esquerda se conscientizar desta necessidade de se superar o capitalismo sem grandes rupturas em curto prazo, pois aquele país calamitoso de 2002 já não mais existe e a perspectiva é de que o Brasil de 2007 seja uma eventual potência a nível regional, quem poderia de fato imaginar isto a pelo menos cinco anos atrás? Ou ainda quem imaginaria que o Brasil estaria livre do FMI e estaria exportando produtos em grandes volumes e competitividade batendo recordes históricos na balança comercial de forma positiva a pelo menos dez anos atrás? Quem imaginaria que o salário mínimo fosse aumentar em quase 100% em um prazo de 4 anos? Dentre tantas outras mudanças que foram fortemente sentidas pelos brasileiros nestes anos.

O Brasil que Lula e o PT produziram nestes últimos anos é algo incrível se observarmos o caminho tomado pela política nacional em toda nossa história é necessário que apoiemos e que participemos ativamente neste processo.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

QUAL A UTILIDADE DE UM PARTIDO SEM BASES E SEM COERÊNCIA IDEOLÓGICA, QUE SOMENTE VEM DISTORCER OS MOVIMENTOS QUE REPRESENTA?


QUAL A UTILIDADE DE UM PARTIDO SEM BASES E SEM COERÊNCIA IDEOLÓGICA, QUE SOMENTE VEM DISTORCER OS MOVIMENTOS QUE REPRESENTA?


COMO UM PARTIDO PODE CONTINUAR A EXISTIR SEM QUE TENHA DE FATO UMA BASE POPULAR E COERÊNCIA COM A REALIDADE SOCIAL VIGENTE? REFORMA POLÍTICA JÁ!

A rebeldia perante a realidade injusta vigente é algo nobre, mas quando ganha o caráter de promoção ideológico-partidário pode ser encarado como desvirtuação de ideais, uma vez que o anseio do movimento estudantil é deixado para segundo plano. Os movimentos nas universidades estaduais paulista para manter sua autonomia em relação ao governo estadual são nobres em caráter, deve ser ressaltada a ousadia dos estudantes em ocupar a reitoria da USP, que demonstrou a força do movimento estudantil perante a opressão do governo estadual. Porém a desvirtuação do movimento para ganhar força o aspecto partidário-ideológicos para arrebanhar jovens fileiras para os movimentos de massa, levou a perda de identidade da reivindicação e deu margem ao Governador do Estado de São Paulo, José Serra, caracterizar como “manifestação partidária”.

O PCO, o PSTU e o P-SOL erraram na forma de organização do movimento, pois sua gana em arrebatar fileiras de jovens militantes em efervescência para seus partidos levou a um debate partidário e ideológico ao invés de colocar em pauta as reivindicações e soluções que o movimento encontrou para o problema.

A hora da desocupação é iminente, basta da conlutização e outras formas de radicalização de movimentos estudantis que trazem apenas a luta inconseqüente sem dar-se espaço as vozes para amplificações no meio político e comunitário. Os mesmos partidos que sacrificam sem consultar as massas como foi (infelizmente) o movimento estudantil da USP para deflagrar suas doutrinas em momentos de ebulição social, são os mesmos ameaçados pela reforma política pela falta de bases e representação política.

Em outras diversas categorias, estes mesmos partidos radicais, de ideologias ultrapassadas quanto à inserção no contexto global e a sua impossibilidade de reforma de concepções, tal rigidez e fidelidade às contextualizações marxistas do século XIX, vem tentando fragmentar a luta das organizações sindicais e sociais a fim de arregimentar mais bases aos seus partidos elitizados. Como um partido pode continuar a existir sem que tenha de fato uma base popular e coerência com a realidade social vigente? Estes partidos ao mesmo tempo em que alegam que o modelo de partidos de esquerda liderados pelo PT e o PC do B é algo deturpado, ou ainda que não atenda aos anseios da população, não conseguem lançar um modelo condizente com a realidade global e nacional.

O PT ao mínimo é o único que abre espaço a representação de classes e a democratização interna com os PED’s (Programas de Eleições Diretas), algo inusitado em relação aos outros partidos, além de capacitação de sua base com a formação político-ideológica de sua base e a livre participação nas diversas correntes do PT. Por qual motivo o PSTU e o PCO possuem modelo de corrente única de representação partidária? Como podem ser tão autoritários? Onde está seu socialismo de libertação de pensamento?

A Reforma Política deve extinguir estes partidos que em nada contribuem com a melhoria de vida e luta dos trabalhadores brasileiros, transformando-os em meros grupos de estudos da Revolução Russa e de ideologia socialista trotskista.

Quando falta a um partido a base popular e um sistema ideológico que atenda as necessidades da população, é como uma semente sem substrato para se desenvolver, o partido que não se desenvolve perde a noção do seu verdadeiro ideal, “a representação social”.

Reforma Política é o caminho para moldar os partidos políticos e dar ao cidadão resposta aos seus anseios, pois as relações ficam mais transparentes entre o público e as reais posições dos partidos.