Ingrid Betancourt - O que ela representa para política colombiana daqui para frente?
A libertação da líder do Partido Verde Colombiano, Ingrid Betancourt, anunciado ontem pelas agências de notícias de todo o globo, é considerado um marco político para a Colômbia, e o final das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Mas até onde esta afirmativa é verdadeira? Como se originou as FARC? Porquê ela existe até hoje? Algumas destas perguntas devem ser respondidas aqui para demais conclusões.
Ingrid Betancourt, 46, fora libertada numa operação que beirou a fantasia hollywoodiana, para resgatá-la do poder das Forças Armadas Colombianas (FARC), que a seqüestrou a cerca de seis anos, enquanto fazia campanha para presidência do país. Porém qual o impacto político ao certo na política colombiana, e no equilíbrio de forças dado entre o exército colombiano e as FARC? É necessário que façamos uma reflexão sobre tais acontecimentos, com o objetivo claro de passar pelo convencionalismo burguês propagado pelas emissoras nacionais da Rádio, TV, e pelos veículos de mídia escrita que massificam os preconceitos contra todas as forças de esquerda insurgentes da América Latina, ante a opressão das oligarquias burguesas e da política imperialista estadunidense.
As FARC, não podem ser encarados como um mero grupo terrorista, pois são resultados da política introduzida na América Latina, que tornavam os países da região em servos do capitalismo estadunidense, eliminando assim os movimentos sociais, sindicais e estudantis, que lutavam pela libertação do povo sob as bandeiras de esquerda. Neste contexto histórico, Jorge E. Gaitán, líder do Partido Liberal, onde estavam agregados militantes marxistas-lenistas, que integravam comitês de organizações camponeses e operárias na Colômbia, foi assassinado no dia 9 de abril de 1948, posterior a este fato, militantes, prefeitos, e parlamentares ligados a este partidos foram sendo dizimados, cerca de 3 mil nos meses subseqüentes ao dia do "BOGOTAZO", a partir deste período se inicia a guerra civil colombiana.
Durante o período de 1953 até 1964 esta guerra, consumiu a vida de cerca de 200 mil colombianos. Os Estados Unidos, na sua franca política de financiamento de ditaduras na América Latina, pensava em extinguir os movimentos socialistas pró-URSS, já que falharam cabalmente em relação à Cuba, porém o campesinato, setores estudantis, e sindicais, que sofriam com a perseguição política dentro de seu país decidem radicalizar a ação e instaurar um governo socialista, e democrático, mas para tanto devem combater o governo subserviente aos interesses imperialistas, e assim formam as FARC.
Com o passar dos anos ruiu o sonho do mundo socialista idealizado pela URSS, e seu financiamento de combate se esgotou. Desta forma se associam com narco-traficantes para financiar o sonho de uma Colômbia livre e socialista, fazendo com que haja um racha em parte dos setores que apoiavam a guerrilha, formando o ELN (Exército de Libertação Nacional), em uma tentativa de resgatar o prestígio da luta socialista no país. Assim na década de 1980 e 1990, passam a radicalizar suas ações matando, seqüestrando líderes das políticas burguesas da Colômbia, uma vez que não foram julgados os algozes do período militar e que permaneceram na política colombiana inviabilizando a libertação plena de seu povo.
Ingrid Betancourt, é só mais um rugosidade deste contexto da Guerra-Fria e da ditadura colombiana, e as FARC desta forma não podem ser criminalizadas como organização terrorista.
Quem financia golpes de estado, promove a intolerância ideológica, quem gasta bilhões em armamentos, e propaga o terror pelos quatro cantos da Terra, são de fato os maiores terroristas, desta forma os Estado Unidos podem ser considerados os únicos e talvez o motriz de toda ação que mutila os povos do mundo.
A sua libertação representa um novo contexto nas relações entre a guerrilha e o governo colombiano, porém não quer dizer que as FARC estejam derrotadas, mas a política colombiana e os direitos humanos, estes sim parecem estar a beira do colapso, em uma sociedade que assim como a nossa no Brasil ainda não julgou seus algozes. Feliz dos argentinos, dos chilenos e dos paraguaios, e dos venezuelanos que julgaram de forma devida seus ditadores e seus opressores, mas os colombianos infelizmente tem de conviver entre a radicalização e a desvirtualização ideológica das FARC e o ultra-direitismo do governo de Álvaro Uribe que oprime às massas.
As FARC, não podem ser encarados como um mero grupo terrorista, pois são resultados da política introduzida na América Latina, que tornavam os países da região em servos do capitalismo estadunidense, eliminando assim os movimentos sociais, sindicais e estudantis, que lutavam pela libertação do povo sob as bandeiras de esquerda. Neste contexto histórico, Jorge E. Gaitán, líder do Partido Liberal, onde estavam agregados militantes marxistas-lenistas, que integravam comitês de organizações camponeses e operárias na Colômbia, foi assassinado no dia 9 de abril de 1948, posterior a este fato, militantes, prefeitos, e parlamentares ligados a este partidos foram sendo dizimados, cerca de 3 mil nos meses subseqüentes ao dia do "BOGOTAZO", a partir deste período se inicia a guerra civil colombiana.
Durante o período de 1953 até 1964 esta guerra, consumiu a vida de cerca de 200 mil colombianos. Os Estados Unidos, na sua franca política de financiamento de ditaduras na América Latina, pensava em extinguir os movimentos socialistas pró-URSS, já que falharam cabalmente em relação à Cuba, porém o campesinato, setores estudantis, e sindicais, que sofriam com a perseguição política dentro de seu país decidem radicalizar a ação e instaurar um governo socialista, e democrático, mas para tanto devem combater o governo subserviente aos interesses imperialistas, e assim formam as FARC.
Com o passar dos anos ruiu o sonho do mundo socialista idealizado pela URSS, e seu financiamento de combate se esgotou. Desta forma se associam com narco-traficantes para financiar o sonho de uma Colômbia livre e socialista, fazendo com que haja um racha em parte dos setores que apoiavam a guerrilha, formando o ELN (Exército de Libertação Nacional), em uma tentativa de resgatar o prestígio da luta socialista no país. Assim na década de 1980 e 1990, passam a radicalizar suas ações matando, seqüestrando líderes das políticas burguesas da Colômbia, uma vez que não foram julgados os algozes do período militar e que permaneceram na política colombiana inviabilizando a libertação plena de seu povo.
Ingrid Betancourt, é só mais um rugosidade deste contexto da Guerra-Fria e da ditadura colombiana, e as FARC desta forma não podem ser criminalizadas como organização terrorista.
Quem financia golpes de estado, promove a intolerância ideológica, quem gasta bilhões em armamentos, e propaga o terror pelos quatro cantos da Terra, são de fato os maiores terroristas, desta forma os Estado Unidos podem ser considerados os únicos e talvez o motriz de toda ação que mutila os povos do mundo.
A sua libertação representa um novo contexto nas relações entre a guerrilha e o governo colombiano, porém não quer dizer que as FARC estejam derrotadas, mas a política colombiana e os direitos humanos, estes sim parecem estar a beira do colapso, em uma sociedade que assim como a nossa no Brasil ainda não julgou seus algozes. Feliz dos argentinos, dos chilenos e dos paraguaios, e dos venezuelanos que julgaram de forma devida seus ditadores e seus opressores, mas os colombianos infelizmente tem de conviver entre a radicalização e a desvirtualização ideológica das FARC e o ultra-direitismo do governo de Álvaro Uribe que oprime às massas.
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